sábado, 14 de novembro de 2015

PARIS



Não é hora de especulações políticas, de busca por culpados ou discursos de ódio. O ser humano continua inclinado em sua maldade e a sede por vingança só ajudará a encher o bolso dos dois lados dessa guerra, se é que nessa guerra há dois lados. 
Na semana passada eu disse muitas vezes na rádio que não creio na tal nova era do amor. Isso fica mais claro todos os dias para mim. 
Mas continuo crendo que o amor se expressa em indivíduos que se mobilizam em atitudes desinteressadas e pacificadoras. Creio nos pequenos gestos e na resistência cotidiana de quem não se apressa em julgamentos, mas aquieta para enxergar. 
Daqui para frente haverá menos liberdade e o preconceito aumentará, especialmente na Europa. A vida nesse planetinha tende a se tornar mais difícil nos próximos anos. 
Que sejamos luz apesar dos governos, lúcidos apesar do terror, esperançosos apesar dos cenários nebulosos, muito mais complexos do que nossos noticiários costumam mostrar. 
É preciso manter em mente que não podemos perder a humanidade, pois é o que temos de mais valioso. 
Cuidemos uns dos outros e sejamos nos pequenos gestos a expressão de amor cada vez mais escassa no mundo.



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