Ás vezes o peso da vida parece difícil de suportar e as necessidades que aparecem nos assustam. Vivemos como quem tenta prover o dia de amanhã, seja financeiramente, ou em qualquer outra esfera onde possibilidades de “seguro” surgem como a salvação para a chegada de um futuro incerto.
Pensamos no amanhã, contabilizamos as perspectivas, olhamos para os males que abatem os vizinhos, os amigos, os noticiários de televisão e pensamos: e se acontecer comigo?
Nasce a angústia de quem sente o peso antes que ele chegue, vive o dia mau sem ao menos uma nuvem no horizonte, acolhe a expectativa da perda enquanto ela não chega.
Antecipar a dor é viver dor triplicada. É jogar-se na incerteza, perdido, sem a consciência de que enquanto vivemos com equilíbrio dando a cada dia sua devida atenção, olhando para o dia de hoje como o único de fato real, crescemos em experiência e no descanso de que, em seu devido tempo, aquilo que preciso será resgatado em mim, para o meu bem.
O que estou querendo dizer é que vivendo sem antecipar o mal, crescemos em percepção de significados, sem angustia, sem paranoias, e nos preparamos para vivermos com serenidade.
Tudo o que você precisará lá na frente, seja o que for, cresce em você hoje enquanto não pensa nisso, enquanto ocupa-se apenas em enxergar, aprender, caminhar na certeza de que para cada dia, basta seu próprio mal.
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