Por: Flavio Siqueira |
– Quando sentir sua raiva, observe-a. Tente por um momento perceber como ela te modifica, como fragiliza suas convicções, como te animaliza, te expõe. Não tente deixar de senti-la, nem lute contra ela, isso a fortalece. Apenas observe sua raiva, isso é projetar-se sobre ela, é jogar luz nessa parte escura. A escuridão se dissipa com a luz. A raiva se dissolve sob a luz da consciência que se desenvolve e aprende a enxergar.
“Na verdade, foi o que eu acabei fazendo, me observei!! Mas minha mente ficou inquieta… Fazia perguntas que me incomodavam, tipo “por que tua ainda sente raiva?” “tu sabe o que acontece no teu corpo quando tu sente raiva?” “por que isso ainda não mudou?” etc… Como calar essa voz ou não se incomodar com ela??”
-Você não se observou, você se analisou. São coisas diferentes. Na observação não há perguntas nem julgamentos, na analise há. A consciência apenas vê, não faz analise moral, simplesmente se desloca do ego e tenta enxergar-se. Tente. E quando as perguntas vierem não tente respondê-las, não dê bola, não as alimente. Isso faz parte de um recurso mental que tenta sobrepor-se a consciência e, se alimentado, piorará a situação porque provocará culpa. Não faça juízo, nem perguntas, nem tente respostas. Observe-se somente e a paz dissolverá a raiva como a luz dissolve a escuridão.
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