Essas demarcações, essas divisões, têm sido a causa de milhares de guerras ao longo da história.
Se você revir a história do homem, não poderá resistir à tentação de dizer que vivemos no passado de uma maneira insana. Em nome de Deus, em nome das igrejas, em nome de ideologias que não têm evidência alguma, as pessoas têm matado umas às outras.
A religião ainda não aconteceu no mundo. A menos que a religiosidade se torne o próprio ambiente da humanidade, não haverá religião.
Mas eu insisto em chamá-la de religiosidade para que não se torne organizada.
Você não pode organizar o amor. Já ouviu falar em igrejas de amor, templos de amor, mesquitas de amor? O amor é um caso individual com outro indivíduo. E religiosidade é um caso de amor maior do indivíduo em relação ao cosmos.
Quando um homem se apaixona pelo cosmos, pelas árvores, pelas montanhas, pelos rios, pelos oceanos, pelas estrelas, ele sabe o que é oração. É inexprimível... Ele conhece uma profunda dança em seu coração e uma música que não tem sons. Ele experimenta pela primeira vez o eterno, o imortal, aquilo que sempre permanece em qualquer mudança, que se renova.
E qualquer um que se torne uma pessoa religiosa e abandone o cristianismo, o hinduísmo, o islamismo, o jainismo, o budismo, declara pela primeira vez sua individualidade.
Religiosidade é um caso individual; é uma mensagem de amor de você para o cosmos. Só então existirá uma paz que ultrapassa qualquer mal-entendido.
Como não é assim, essas religiões têm sido parasitas, explorando as pessoas, escravizando-as e forçando-as a acreditar.
Todas as crenças são contrárias à inteligência, e forçam as pessoas a orar com palavras que não têm sentido, porque elas não vêm do coração, mas apenas da memória.
Osho, em "Religiosidade é Diferente de Religião: Ensinamentos de Osho para um Mundo em Paz"
As Oito Chaves da Paz - Prem Baba
Nenhum comentário:
Postar um comentário