Quem enxerga a realidade? Quem sabe de fato o que somos, ou melhor, o que poderíamos ser se não fosse a cultura que nos padroniza, encaixota, fragmenta e convence de que somos apenas o funcionário, o trabalhador, o empresário, estudante, religioso ou assim por diante. Desde a formação fundamental, até a acadêmica, nos expomos a fôrmas, linha de produção humana, seguimos roteiros, assumimos papeis que no fundo nos incomodam. Penduramos crachás no peito, consumimos nosso entretenimento, expostos a cultura de massa, iguais, limitados, conformados diante das vozes de comando, presente com sutilezas em nossos valores, em nossa cultura, em nossa religiosidade, nos encaminhando para que permanecemos assim, operários de um sistema, mantenedores de alguma coisa que nem sabemos direito o que é, não vemos, não questionamos, não enxergamos que tudo isso constrói uma algema, não no pulso, mas na mente, não uma prisão com grades, mas a pior: aprisiona espíritos que perdem sua essência, humanidade diluída em devaneios, falsas esperanças, tentando aplacar o medo difundido com instrumento de controle, ferramenta perversa de persuasão. Cenário pessimista? Eu diria realista e, mais, é enxergando que a gente muda, é vendo como é que perderemos o medo da liberdade, de nos encararmos e finalmente experimentarmos o privilégio de sermos humanos. Tomara que você veja esse vídeo com coragem, mente aberta e reflexão. Há sim muita esperança !
Por: Flavio Siqueira
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