A decepção nunca é causada pelo outro, mas cultivada por suas expectativas. Não se trata exatamente do que o outro fez, mas do que você alimentou e projetou sobre outra pessoa, esperando que ela fosse algo que talvez não se vinculasse a realidade.
É claro que na prática nem sempre é fácil, mas, pense comigo: o que é exatamente confiar? É acreditar que a pessoa será sempre como você espera, previsível, ou retirar sobre os ombros de quem quer que seja a carga de expectativas, ainda que sejam justas expectativas, e simplesmente amá-la pelo que é?
É um exercício diário e está diretamente ligado a como enxerga a vida, o que espera e entende dela, mas, sinceramente não vejo outro caminho especialmente por uma razão: para mim, confiança e amor só existem conectados.
Se eu amo, naturalmente confio, se não amo, como confiarei? É o ponto de partida para entender o principio da confiança, não exatamente o que eu quero o que a outra pessoa seja, mas a clareza de enxergá-lo com é, respeitar e descansar, caminhando sempre em respeito, gratidão e amor.
“Mas, e se a pessoa trair minha confiança, devo simplesmente aceitar?” você perguntaria. Ora, a traição, antes de tudo, sempre começa como traição a si mesmo, não ao “traído”, mas sempre o “traidor” e, nesse caso, na minha opinião, a porção que lhe cabe é perdoar, ainda que a escolha a partir de então seja não caminhar mais juntos. Você não é obrigado a caminhar junto com ninguém, os prazos podem se esgotar, sim, mas isso não justifica carregar amargura.
O perdão é essencial até para quem pensa em se separar.
Portanto, a questão não é se deve confiar novamente, mas, você ama? Se ama, confie no amor, não nas pessoas, elas sempre são falhas, mas confie no amor e sempre, caso a caso, saberá o que fazer.
Por: Flavio Siqueira
Por: Flavio Siqueira
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