Até que ponto é fácil viver consigo mesmo?

Por : Rosalia Schwark

A voz na nossa cabeça tem vida própria. A maioria de nossos pensamentos são involuntários, automáticos e repetitivos. Reinterpretamos o momento sem parar, temos uma mente naturalmente condicionada pelo passado.

Olhamos algo agora e automaticamente interpretamos com o que vimos no passado, é portanto esse mecanismo que faz com que as coisas se repitam.

Temos um filtro pessoal. Pensamos que vemos as coisas como elas são. Mas vimos as coisas como nós somos.

Passeando numa mesma praia , duas pessoas observam, sentem e se emocionam de maneira completamente diferente. Se você pede a descrição do passeio, uma delas fala do azul do mar e da areia macia e outra fala dos sons e do calor do sol.

Percebemos diferente de acordo com a narrativa interna desta voz.

A sua voz interna está o aproximando do que você deseja ou está o afastando?

Quando queremos mudar temos que decidir ter controle sobre esta voz. O primeiro passo é tomar consciência que ela existe e entender a sua dinâmica. O que ela quer provar - que você está certo, ou que você está errado? Que você deve continuar ou retroceder?

Eu tomei consciência de que a minha voz era muito exagerada para o pior e que tentava de todas as maneiras me convencer a permanecer na mesma posição atual. Hoje tomo consciência que todas as minhas preocupações são um pedido desta voz para tudo aquilo que não quero viver. Controlo minha voz, lembrando que tudo que estou me preocupando , estou pedindo e a domino neste momento.

Viver consigo mesmo é o grande desafio que produz também as grandes aberturas para a evolução. Quando você é capaz de entender e dominar a sua voz, você é capaz de dominar qualquer evento externo. Está dentro a engrenagem que produz os movimentos certos fora.